domingo, 31 de outubro de 2010

As voltas do mundo.

Eu tive um estalo e uma intuição
quis que o mundo parasse, o tempo voltasse
só pra ter o meu desejo em minha mão.
Nessa vida nada é fácil
o que é bom não vem sem condição
e, para podar minha vontade, recebi um não.
Dias passaram, estações mudaram
hora após hora, inverno e verão.
Escondi meu desejo no baú do passado
que volta e meia eu reabria, sem razão.
Relembrar doía, mesmo assim eu insistia
nunca houve bom senso na solidão.
Por vezes achei ter me desfeito do baú
mas à noite eu despertava
enquanto sonhava, buscava o desejo
o trazia de volta para o meu travesseiro
e o abraçava, prometendo guardá-lo pra sempre
porque do que se quer demais, não se desfaz.
Errei pela teimosia?
Errei por alimentar tal fantasia?
Tive medo, me enganei por tanto tempo.
Tive medo pela irracionalidade do sentimento.
Semanas correram, os meses voaram
vivências diversas ocuparam meu ser.
Boa parte do meu vazio foi preenchido,
mas, desejo, eu nunca esqueci de você.
Eis que o mundo gira mesmo
como diz o velho autor.
Deu voltas e voltas, não sei quanto levou
em uma dessas idas e vindas
com o desejo ele me presenteou.
Aqui essa história termina e começa
no mesmo lugar, início e fim.
O velho mundo muito ainda há de girar
E do fututo, só o amanhã pode nos contar.

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