sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dizem que nada é de graça, ou melhor, dizem que tudo tem seu preço...

Orgulho.

Não venho falar de uma das minhas obras preferidas (Orgulho e Preconceito), nem de orgulho ferido, nem de orgulho no sentido de admiração. Venho falar do orgulho como uma gigantesca barreira, como algo que pode ser absolutamente intransponível. Algo que pode ser muito duro e muito rígido. Pode ser também um veneno com gosto de fel, que às vezes precisamos provar para saber nosso limiar de frustração, nossa resiliência, ou até mesmo a dose letal. Algumas pessoas dizem que o orgulho é um escudo que nos protege de muitas coisas. Mas eu fico pensando comigo que, se ele protege, ele também evita e daí a gente pode estar evitando tanto o BOM quanto o RUIM que existe dentro dessas muitas coisas. Nunca se sabe. Então, eu não sei. Eu só sei que esse tal escudo dói muito porque é revestido de espinhos que nos faz sangrar, no intuito de calejar nosso peito para que o coração fique empedrado e seco. Dizem também que sentir dor faz a gente crescer. Mas convenhamos que existem vários tipos de dor, e não é porque eu não uso escudo, que eu não sinto dor (Então, que proteção é essa que ele dá, né?) A dor é inevitável.

Outra coisa que vive rondando minha cabeça ultimamente é uma frase que eu ouvi certa vez de uma voz bonita. Ela dizia que continuar a trajetória significa retroceder, mas considerando que o contrário de “continuar” é “parar”, eu me pergunto: - Será mesmo que parada eu avançaria? Será? Bom, eu sei que os dados só rolam se eu os jogar, mas o medo que eu tenho de que eles estejam viciados na casa da dor é maior do que a outra dor que já existe aqui. Por isso é tão confuso pra mim. Seria como trocar uma cédula gastada por uma mais novinha, o que no fim das contas não ia fazer com que aquilo fosse algo diferente de uma cédula ou tivesse outro valor. O mais agonizante é não conseguir enxergar os gramas que as balanças mostram quando eu tento pesar. Por isso eu não sei se o orgulho vale a pena, eu não sei se sem ele vale a pena também. A dor que ele causa é muito grande, mas a dor da ausência dele, o que as vezes nos aproxima da humilhação, também é.

domingo, 28 de novembro de 2010

De volta.

Alguns relatos:

Se há imaginação, de tudo extrai-se algum proveito...da prisão constrói-se a liberdade.

Se há conteúdo, o interior nunca ficará vazio, a alma deve se preencher por si só, apesar de ser triste a solidão involuntária.

Se há uma vida, é agora...entre o acordar, o suspirar e o dormir...é o dia-a-dia, repleto, às vezes, de enfado.

Se há uma pessoa, é a que está presente no sorrir, no chorar e no reclamar... e apesar de conhecer todos os seus incontáveis defeitos, escolhe estar ao seu lado.

Se há um deus, ele é a força que exige o amor entre as pessoas, é a fé de que tudo pode melhorar se você for mais forte e continuar a luta... ele é a decepção quando não se tem maiores horizontes, quando se morre de fome, quando se mata outrem... ele é a salvação, para os bem aventurados... ele é a frustração para quem enxerga além das fronteiras.

Se há um tempo, ele é incontável e extremamente individual.

Se há esperança, ela é o mais belo sonho tido na infância, do qual poucos ainda conseguem se lembrar.

P.S.: escrevi esse texto há uns dois anos, estou tirando a poeira e postando aqui... hehe

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Felicidade é...

... pesar 12kg a mais que sua irmã mais velha que te carregou no colo...

... e comer uma torta de chocolate com morango no meio da tarde sem um pingo de culpa.

domingo, 31 de outubro de 2010

As voltas do mundo.

Eu tive um estalo e uma intuição
quis que o mundo parasse, o tempo voltasse
só pra ter o meu desejo em minha mão.
Nessa vida nada é fácil
o que é bom não vem sem condição
e, para podar minha vontade, recebi um não.
Dias passaram, estações mudaram
hora após hora, inverno e verão.
Escondi meu desejo no baú do passado
que volta e meia eu reabria, sem razão.
Relembrar doía, mesmo assim eu insistia
nunca houve bom senso na solidão.
Por vezes achei ter me desfeito do baú
mas à noite eu despertava
enquanto sonhava, buscava o desejo
o trazia de volta para o meu travesseiro
e o abraçava, prometendo guardá-lo pra sempre
porque do que se quer demais, não se desfaz.
Errei pela teimosia?
Errei por alimentar tal fantasia?
Tive medo, me enganei por tanto tempo.
Tive medo pela irracionalidade do sentimento.
Semanas correram, os meses voaram
vivências diversas ocuparam meu ser.
Boa parte do meu vazio foi preenchido,
mas, desejo, eu nunca esqueci de você.
Eis que o mundo gira mesmo
como diz o velho autor.
Deu voltas e voltas, não sei quanto levou
em uma dessas idas e vindas
com o desejo ele me presenteou.
Aqui essa história termina e começa
no mesmo lugar, início e fim.
O velho mundo muito ainda há de girar
E do fututo, só o amanhã pode nos contar.

sábado, 23 de outubro de 2010

O QUE NÃO MATA, ENGORDA!

Desde já eu peço desculpas pelo tamanho do texto, mas ao ler a postagem do Cambota em seu blog (http://www.cambota.com.br/) sobre o cancelamento do DVD do Pedra Letícia, eu não pensava em outra coisa senão nos trechos do livro de um cara (todo mundo sabe que é HG), representante de uma das maiores bandas de rock do Brasil... Mas não me entendam mal, também não quero comparar nada a favor de ninguém, só tem 1 mês que eu sou fã de Pedra Letícia (pouco tempo, quase nada), mas queria deixar minha condolência.
Tá, tá, tá bom, eu também sei que cada banda tem sua própria história, tem suas razões que devem ser destruídas (ou não), e tem também as curvas fechadas da highway...Por isso, não estou dizendo que com PL vai acontecer o mesmo que aconteceu com outras bandas que fizeram sucesso, mas eu realmente espero que daqui alguns anos eles riam muito disso tudo! Lá vai:

“(…) esse primeiro show parece ter ido bem. Pintaram convites para apresentações em outros bares. A banda que montamos para durar uma única noite estava virando uma banda para durar algumas semanas. Já como um trio, tocávamos onde dava pra tocar. Onde não dava, também tocávamos.

O repertório ia mudando rapidamente. As colagens performáticas foram dando lugar a um material mais pessoal, saído do velho caderno (...)

Nós éramos estranhos porque tínhamos e mantínhamos um pé em cada um desses mundos: rock, MPB e atitude do-it-yourself (...)

Eu era completamente despreparado para tudo o que estava acontecendo. Não sabia como me relacionar com gravadora, imprensa (...) Só depois me dei conta de que rolava um subtexto nas relações (...) É impossível ser, ao mesmo tempo, um coração e um cardiologista.

Num mundo ideal, talvez tudo fique bem pra sempre. Mas num mundo ideal, talvez não se precise de música.

O disco que gravamos em seguida fez uma história bacana (...) Saber que nossa música estava chegando a lugares que não imaginávamos existir era estranho. Boa sensação estranha.

Nossa gravadora, à época, era fraca no ambiente pop rock (...) Fazíamos sucesso e os caras não entendiam como ou porquê (...) Os números que gerávamos eram confortáveis e a nossa maneira de ser deixava claro que não queríamos, nem poderíamos, fazer outra coisa. Impossível nos transformar em dançarinos ou rostinhos bonitos. Isso nos protegeu.

Claro que a divulgação era sempre mais leviana e grosseira do que eu gostaria que fosse. Eu me consolava pensando que, se Bach fizesse parte do cast, tratariam-no do mesma forma. Cabia ao trabalho sobreviver, ou não, às intempéries.

Não estávamos muito interessados em fórmulas (...) Pode ser irrelevante e certamente é ingênuo, mas algumas atitudes reforçavam a mistura de teimosia e irresponsabilidade que fazia com que nossas impressões digitais sobrevivessem aos apertos de mão. É natural que, ao conhecer um artista, a indústria, os críticos e os fãs se perguntem com quem ele se parece. Mas é necessário que o artista se pergunte o que é que só ele tem.

Na reunião em que mostramos o disco (...) o clima foi de decepção total. Lembro das palavras do chefão: “Esse disco é um Boeing com tanque cheio. Pode ir longe se não explodir na decolagem”. Não creio que ele acreditasse na primeira hipótese. Saí da reunião achando que havíamos gravado nosso último disco (...)

(...) caiu sobre nós o clichê de odiados-pela-crítica-amados-pelo-público. Nada disso era muito verdadeiro. Mas não havia diálogo acima dos clichês.

E sempre que a gravadora impunha, o tiro saía pela culatra (...)

A imprensa papagaia o de sempre. Nós fazemos o show de sempre. A onda era escarrar? Sinto muito, mas lá vai a minha música (...)

Sempre desconfiei dos atalhos (...) Esses atalhos seriam bons se chegar mais rápido fosse o objetivo. Há um objetivo? Porque não uma bailarina de coturno? Alguém vibrando em outras frequências, por que não? Sair desses escaninhos faz a beleza de um duo como White Stripes (...) (Não sermos literais as vezes faz nossa beleza)

Mas vida afora, noite a dentro, anjos sempre me guardaram e guiaram, me fazendo seguir viagem, me dizendo que eu era diferente do que parecia ser (...) Os DE FÉ sempre estavam do nosso lado.

Geralmente escolhiam a canção mais parecida com o que estava fazendo sucesso. Nem sempre, quase nunca, tínhamos muito a oferecer nesse sentido. Uma vez que eu só gravava o que quisesse e da maneira que quisesse, por mim, podiam mandar qualquer música para as rádios (Toca Creuzaaaaaa!)

As músicas tem uma sabedoria própria e dão um jeito de achar os ouvidos a que estão destinadas.

A grande sabedoria: saber ser pequeno. As ondas nem sempre são naturais, aquelas dependentes das marés e fases da lua. As vezes é um transatlântico que passa pela nossa jangada fazendo onda.

(...) comecei a respirar fundo, esperando um terreno mais propício pra jogar a semente. Tínhamos um novo disco pronto, mas não gravaríamos agora.

Parece que Nietzsche disse que “o que não aniquila, fortalece”. Na dúvida, fico com o que dizia a minha vó: “O que não mata, engorda”. Canelas lanhadas, mãos cheias de calos, olhos cansados e ouvidos impacientes são medalhas que trago no peito.”
Pra terminar: "Mas quando eu virar um astro, com minha guitarra e uma prancha do lado, eu quero ouvir você gritar num bar: TOCA PEDRA LETÍCIA!"

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Mandinga

Diz a lenda que num dia 29, na Itália, um andarilho bateu na porta da casa de uma família pobre, pedindo um prato de comida. A família era grande e tinha pouca comida, mas eles não se importaram em dividir o seu jantar, que era gnocchi (ou nhoque). O andarilho era São Genaro. Repartiram então a refeição, cabendo sete pedacinhos a cada um. Após saborear o gnocchi, São Genaro agradeceu e partiu. Quando foram recolher os pratos, embaixo de cada um havia notas de dinheiro. Por isso, tradicionalmente, todo dia 29 é dia do gnocchi da fartura, acompanhado do ritual de colocar dinheiro embaixo do prato. Tem também que comer primeiro os sete pedacinhos em pé, para depois comer à vontade. Você acredita? Não? Nem eu.

Mas no último dia 29 eu adaptei uma receita e ficou - modéstia lá longe - uma delícia. Não sei as quantidades exatas dos ingredientes que usei, até porque massa depende de muitas coisas, e só dá pra saber se tá bom pelo toque. Mas dá pra fazer.

Ingredientes:
-
Batatas
- Farinha de Trigo
- Queijo Parmesão ralado
- Leite
- Sal

Cozinhe as batatas descascadas (cerca de 40 min.) e amasse-as ainda quentes. Reserve até esfriarem um pouco. Acrescente sal, um colher de sobremesa de leite e o queijo. Vá acrescentando farinha e amassando, até a massa começar a d
esgrudar da vasilha. Sempre amasse com as mãos enfarinhadas. Deve ficar bem leve, não igual à de pão ou pizza.



Coloque água para ferver numa panela funda, com uma colher de sal. Enquanto isso, unte uma superfície lisa com farinha de trigo e faça rolinhos com a massa. Corte em pedaços de uns 2 cm.



Quando a água estiver fervendo, jogue os pedacinhos aos poucos, com bastante cuidado (muito mesmo, porque a água espirra que é uma beleza).



Quando começar a flutuar, o pedacinho está pronto. Retire com uma escumadeira.




Coloque numa travessa, e quando todos estiverem prontos despeje um molho em cima. O que fiz foi com o que tinha na geladeira na hora: molho bolonhesa pronto, extrato de tomate, champignon e requeijão cremoso. Pra completar, pimenta calabresa e salsinha.



Nhami-nhami!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Fechando Setembro...

Mais um mês se passou... Aventuras, novidades, sufoco, decepções, superações, provas, aflições, notas, espera da chuva, enrolação, sabotagem, irritação, irritabilidade, dificuldades para dormir, sono na hora errada, muito red bull, muito medo, muitas expectativas, torcida, estudo, sonhos, estranheza, sonhos estranhos, sensações mais ainda, sensação de estar sendo puxada para trás, sensação de regressão, despersonificação, desdobramento, raiva, indiferença, rancor, vontades, planos, planilhas, contas, falta de grana, estreitando laços, afrouxando outros, fazendo nós tortos, conhecendo mais algumas pessoas, não fazendo questão de saber como vão outras, alguém chora mas você não se sensibiliza, você só sente pena de você, você se acha estranho, você lê livros macabros, você redescobre a psicanálise, você fala muito de solidão, você lê muito sobre solidão, você é muito solidão, você amplia os horizontes, mas você se sente estagnada, as vezes acha que é burra, toma o metrô sozinha, e mesmo sem ter fé, reza pra chover, joga praga em quem provocou as queimadas, enche baldes de água pela casa, dorme com a toalha molhada no rosto, tem dor de garganta, faz campanha para o deputado fictício, sente vergonha, não quer falar com as pessoas, falta paciência, tem idéias incidentes de homicídio, nenhuma de suicídio, acorda tremendo, atende o telefone temendo, tem muita ansiedade, não aprende no inglês, detesta a nova professora, antipatiza com todo o mundo, parece a tia com alterações de humor, quer chorar muito, recebe ligações da sua mãe, tem notícias de sua avó, se pergunta pra quê diabos faz psicologia, queria ter nascido rica, queria nunca ter nascido, queria ter um namorado chamado Ângelo, de 21 anos, nascido em 4 de Julho de 1989, ele ia ouví-la, ele ia topar assistir um filme com ela, ele ia tirar a bunda gorda do sofá para conversar com ela, porque ela se sente fraca, ela vai fazer um hemograma, a doutora escreve seu nome errado na requisição, ela adia o exame, ela tem infecção urinária, ela tem tensão muscular, ela abandona a dieta, as frutas apodrecem na geladeira, ela bebe refrigerante para vingar de si mesma, de sua fraqueza, de sua ambivalência, de sua alternância, ela deposita muita transferência no professor, ela se repugna com quem lhe bajula, ela corre atrás de quem é inalcansável, ela conta os dias, ela risca o calendário, ela espera que bons dias venham no mês de outubro, ela pede que são pedro pare de balançar o pinto nos arredores, e pede que desenterre a cabeça da miséria do veado que tá enterrada nessa terra excomungada que só faz a pele arder e os miolos ferverem, ela tem dó dos animais mortos na estrada, ela tosse muito com a fumaça, ela não suporta mais dormir ouvindo tiros, nem que seja do video game, ela teve bons dias longe daqui nesse mesmo mes, ela voou de avião pela primeira vez, ela sentiu a pior do de ouvido de toda a sua vida, ela acha que nunca vai se recuperar dessa dor, mais todo mês tem dor, mais ou menos, mas tem, a única coisa que ela pede além da chuva é que venham menos delas (das dores) no mês que vem... (nesse mês de Outubro)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

RECEITA DA MALDADE HUMANA (Legião Urbana)





Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente
Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
Dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça antes de levar ao forno temperar
Com essência de espirito de porco
Duas xícaras de indiferença
e um tablete e meio de preguiça!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

COISAS DA TERRA (Ferreira Gullar)



Todas as coisas de que falo estão na cidade
entre o céu e a terra.
São todas elas coisas perecíveis
e eternas como o teu riso
a palavra solidária
minha mão aberta
ou este esquecido cheiro de cabelo
que volta
e acende sua flama inesperada
no coração de maio.
Todas as coisas de que falo são de carne
como o verão e o salário.
Mortalmente inseridas no tempo,
estão dispersas como o ar
no mercado, nas oficinas,
nas ruas, nos hotéis de viagem.
São coisas, todas elas,
cotidianas, como bocas
e mãos, sonhos, greves,
denúncias,
acidentes do trabalho e do amor.
Coisas,
de que falam os jornais
às vezes tão rudes
às vezes tão escuras
que mesmo a poesia as ilumina com dificuldade.
Mas é nelas que te vejo pulsando,
mundo novo,
ainda em estado de soluços e esperança.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Alguns clones artísticos

Taylor Lautner e sua possível irmã gêmea



Angelina Jolie e Megan Fox

Leighton Meester e Isabelle Drummond



Courtney Cox e Nelly Furtado








segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Somewhere over the rainbow...




Hoje, logo após uma tempestade, um arco-íris completo foi visto de Pisa, cidade italiana. Nem vou falar sobre a beleza da imagem nem como eu gostaria de ter estado lá para tirar uma foto...

sábado, 11 de setembro de 2010

CUIDAR



A Fábula-Mito do Cuidado


Certo dia, ao atravessar o rio, Cuidado viu um pedaço de barro. Logo teve uma idéia inspirada. Tomou um pouco de barro e começou a dar-lhe forma. Enquanto contemplava o que havia feito, apareceu Júpiter.
Cuidado pediu-lhe que soprasse espírito nele. O que Júpiter fez de bom grado.
Quando, porém, Cuidado quis dar um nome à criatura que havia moldado, Júpiter o proibiu. Exigiu que fosse imposto o seu nome.
Enquanto Júpiter e o Cuidado discutiam, surgiu, de repente, a Terra. Quis também ela conferir o seu nome a criatura, pois fora feita de barro, material do corpo da Terra. Originou-se, então, uma discussão generalizada.
De comum acordo pediram a Saturno que funcionasse como árbitro. Este tomou a seguinte decisão que pareceu justa:
“Você, Júpiter, deu-lhe o espírito; receberá, pois, de volta esse espírito por ocasião da morte dessa criatura.
Você, Terra, deu-lhe o corpo; receberá, portanto, também de volta o seu corpo quando essa criatura morrer.
Mas como você, Cuidado, foi quem, por primeiro, moldou a criatura, ficará sob seus cuidados enquanto ela viver.
E uma vez que entre vocês há acalorada discussão acerca do nome, decido eu: esta criatura será chamada de HOMEM, isto é, feita de húmus, que significa terra fértil.”

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Dance até sem saber dançar


Relacionamentos são como dança. A música que toca é o momento da sua vida, e cada música pede um tipo diferente de parceiro. O primeiro passo nem sempre é o mais difícil, complicado mesmo é manter a sincronia depois de um tempo. Sabe dançar? Ótimo. Não sabe? Imite o outro. Confie. Olhe nos olhos. Pé pra frente, pé pra trás. Movimentos simetricamente opostos, que se completam. Você precisa prever o movimento seguinte. Um, dois, três, quatro. Ops, errou. Às vezes é preciso descer do salto - para não machucar ninguém, nem a si mesmo. Desça com humildade. Um, dois, um, dois. Cuidado para não cair. Se cair, não leve o outro junto, pois é dele que virá - ou não - uma mão para te reerguer. Mudou a música. E agora? O parceiro acompanhou a mudança? Continue dançando. Não deu? Troque de par. Destroque. Troque de novo. Só vale se estiver bom. Fez calo? Faz parte. Cansou de dançar? Senta, descansa, pára e pensa. Volta pra pista e recomeça. Muda o jeito de dançar. O importante é se sentir bem.

E que a festa nunca acabe.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Friendship is...


Estava aqui olhando pra essa foto e pensando nas million little things que ela significa. Aqui vão algumas:

Nós ainda somos amigas, apesar de todos os tipos de distância
Nós ficamos lindas até com blusas feias
Beber com vocês sempre rende fotos com a gente sorrindo assim, bestinhas
Eu sou uma babaca e teimo em ser diferente
A ordem CLERAS está errada (rs)
A gente se ai love

E aí, quais as outras little things que dá pra perceber?

domingo, 29 de agosto de 2010

Sobre o tempo e eu.

A tranquilidade que o mar me traz
Toda essa verdade que me satisfaz
A necessidade de um dia a mais
Aprendi com o tempo.

A felicidade e o meu sorrir
Essa incerteza do pra onde ir
O não preocupar se vou me iludir
Descobri no tempo.

O sonho escolhido pra realizar
O desejo puro de fotografar
A cidade nas cores que eu vou pintar
Esperei do tempo.

Toda a paciência, do botão à flor
Essa insegurança, alegria e dor
Também a surpresa de um novo sabor
Eu ganhei do tempo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010


Muitas vezes é confuso

É difícil de PENSAR

Como um ângulo obtuso

Como a imensidão do mar



E entre todas variáveis

Dessa imensidão, eu penso

E, ao mesmo tempo

Eu já deixo de PENSAR, pois

Meus pensamentos ruflaram

Voando, seguindo o vento

Ou mergulhando no mesmo mar



Vejo-os embaraçosos

E isso é por si só

Ou talvez embaraçados

Um emaranhado de nós



E não há quem os revele

É mistério e segredo

É a chave do arcabouço:

Tentar, PENSAR e sentir medo



Mas quem poderia dizer

Que o ato mais difícil

E o que fazemos só

Por PENSAR em fazer?

Pensar, pensar, pensar

quarta-feira, 18 de agosto de 2010



NÃO QUERO A PSICOSSOMÁTICA
NÃO QUERO UM PSEUDO-REMÉDIO
NÃO QUERO UM NOVO DISFARCE
COMO UMA CURA PRO TÉDIO
NÃO QUERO QUALQUER FÁRMACO
NEM UM LITRO DE ABSINTO
SÓ QUERO QUE A DOR QUE SINTO
SE CONVERTA EM UMA BALA
E O ÓDIO QUE ME APERREIA
SE MATERIALIZE NUM ALVO
PARA QUE EU DÊ UM ÚNICO
DISPARO
E MANDE ESSES DOIS
PRA CASA DO CARALHO...

domingo, 15 de agosto de 2010

Mais desse mesmo aí de baixo...

Achei essa postagem bem legal, ela explica não só a primeira parte do livro, como o livro todo de uma forma que, ao contrário do que o autor do post diz, ficou bastante sucinta (pelo menos em relação à complexidade do livro)
A galera de produção cinematográfica deveria fazer esses 5 filmes... (mas nem do Hobbit fez ainda =( =( =(


Pra quem gosta de mitologias...





Abaixo estão as três primeiras páginas do livro O Silmarillion de J.R.R.Tolkien, que é quase uma bíblia para mim; espero que vocês gostem (e/ou não fiquem com preguiça por causa do tamanho, rsrs)

No início, Eru, o Único, que no idioma élfico é chamado de Ilúvatar, gerou de seu pensamento os Ainur; e eles criaram uma Música magnífica diante dele. Nessa música, o Mundo teve início; pois Ilúvatar tornou visível a canção dos Ainur, e eles a contemplaram como uma luz nas trevas. E muitos dentre eles se enamoraram de sua beleza, e também ele. Sua história, cujo início e evolução testemunharam como numa visão. Então, Ilúvatar deu Vida a essa visão e a instalou no meio do Vazio; e o Fogo Secreto foi enviado para que ardesse no coração do Mundo; e ele se chamou . Então, aqueles dos Ainur que assim desejaram, levantaram-se e entraram no Mundo no início dos Tempos; e foi sua missão realizar esse Mundo e, com seus esforços, concretizar a visão que haviam tido. Foi longa sua labuta nas regiões de Eä, que são vastas para além do alcance de elfos e homens, até que, no momento previsto, foi criada Arda, o Reino da Terra. Eles então vestiram os trajes da Terra, desceram até ela e a habitaram.

Dos Valar

Os Grandes, entre esses espíritos, os elfos denominam Valar, os Poderes de Arda; e os homens com freqüência os chamaram deuses. Os Senhores dos Valar são sete; e as Valier, as Rainhas dos Valar, são também em número de sete. Estes eram seus nomes no idioma élfico falado em Valinor, embora eles tenham outros nomes na fala dos elfos da Terra-média, e entre os homens seus nomes sejam numerosos.

Os nomes dos Senhores na ordem correta são Manwë, Ulmo, Aulë, Oromë, Mandos, Lórien e Tulkas; e os das Rainhas são Varda, Yavanna, Nienna, Estë, Vairë,Vána e Nessa.

Melkor não é mais incluído entre os Valar, e seu nome não é pronunciado na Terra. Manwë e Melkor eram irmãos no pensamento de Ilúvatar. O mais poderoso daqueles Ainur que vieram para o Mundo foi inicialmente Melkor. Já Manwë tem a maior estima de Ilúvatar e compreende com mais clareza seus objetivos. Ele foi designado para ser, na plenitude do tempo, o primeiro de todos os Reis: senhor do reino de Arda e governante de todos os que o habitam. Em Arda, seu prazer está nos ventos e nas nuvens, e em todas as regiões do ar, das alturas às profundezas, dos limites mais remotos do Véu de Arda às brisas que sopram nos prados. Súlimo é seu sobrenome, Senhor do Alento de Arda. Ele ama todas as aves velozes, de asas fortes, e elas vão e vêm, atendendo às suas ordens.

Com Manwë mora Varda, Senhora das Estrelas, que conhece todas as regiões de Eä. Sua beleza é por demais majestosa para ser descrita nas palavras de homens ou elfos, pois a luz de Ilúvatar ainda vive em seu semblante. Na luz estão seu poder e sua alegria. Das profundezas de Eä, veio ela em auxílio a Manwë; pois conhecia Melkor antes do início da Música e o rejeitava; e ele a odiava e temia mais do que qualquer outro ser criado por Eru. Manwë e Varda raramente se separam, e permanecem em Valinor. Suas moradas são acima das neves eternas, em Oiolossë, atorre suprema da Taniquetil, a mais alta de todas as montanhas na face da Terra. Quando Manwë sobe ao seu trono e olha em volta, se Varda estiver ao seu lado, ele vê mais longe do que todos os outros olhos, através da névoa, através da escuridão e por sobre as léguas dos mares. E, se Manwë estiver com ela, Varda ouve com mais clareza do que todos os outros seres o som de vozes que gritam de leste a oeste, dos montes e dos vales, e também dos locais sinistros que Melkor criou na Terra. De todos os Grandes Seres que habitam o mundo, os elfos sentem maior reverência e amor por Varda. O nome que lhe dão é Elbereth, e eles o invocam das sombras da Terra-média, elevando-o em hino quando nascem as estrelas.

Ulmo é o Senhor das Águas. Ele vive só. Não mora em lugar algum por muito tempo, mas se movimenta à vontade em todas as águas profundas da Terra ou debaixo dela. Seu poder só é inferior ao de Manwë; e, antes da criação de Valinor, era seu melhor amigo. A partir dessa época, entretanto, raramente foi às assembléias dos Valar, a menos que questões importantes estivessem em discussão. Pois guardava na mente Arda inteira; e não necessita de um local de repouso. Além disso, não gosta de caminhar sobre a terra e raramente se dispõe a se apresentar num corpo, como fazem seus pares. Se os Filhos de Eru o avistassem, eram dominados por intenso pavor; pois a chegada do Rei dos Mares era terrível, como uma onda que se agiganta e avança sobre a terra, com elmo escuro e crista de espuma, e cota de malha cintilando do prateado a matizes do verde. As trombetas de Manwë são estridentes, mas a voz de Ulmo é profunda, como as profundezas do oceano que só ele viu. Não obstante, Ulmo ama elfos e homens e nunca os abandonou, nem mesmo quando foram alvo da ira dos Valar. Às vezes, ele vem despercebido ao litoral da Terra média, ou entra terra adentro, subindo por braços de mar para aí criar música com suas grandes trompas, as Ulumúri, que são feitas de concha branca; e aqueles que a escutam, passam a ouvi-la para sempre em seu coração, e o anseio pelo mar nunca mais os abandona. Na maioria das vezes, porém, Ulmo fala àqueles que moram na Terra-média com vozes que são ouvidas apenas como a música das águas. Pois tem sob seu domínio todos os mares, lagos, fontes e nascentes, e os elfos dizem que o espírito de Ulmo corre em todas as veias do mundo Assim, mesmo nas profundezas do mar, chegam a Ulmo notícias de todas as necessidades e aflições de Arda, que de outra forma permaneceriam ocultas a Manwë.

Aulë tem poder pouco inferior ao de Ulmo. Governa todas as substâncias das quais Arda é feita. No início, trabalhou bastante na companhia de Manwë e Ulmo; e a criação de todas as terras foi sua tarefa. Ele é ferreiro e mestre de todos os ofícios; deleita-se com trabalhos que exigem perícia, por menores que sejam, e também com a poderosa construção do passado São suas as pedras preciosas que jazem nas profundezas da Terra, e o ouro que é belo nas mãos, não menos do que as muralhas das montanhas e as bacias dos oceanos. Os noldor foram os que mais aprenderam com ele, e ele sempre foi seu amigo. Melkor sentia inveja de Aulë, pois era Aulë o que mais se assemelhava a ele em idéias e poderes; e houve um longo conflito entre os dois, no qual Melkor sempre desfigurava ou desfazia as obras de Aulë; e Aulë se exauria a reparar os tumultos e as desordens de Melkor. Os dois também desejavam criar coisas que fossem suas, novas e ainda não imaginadas pelos outros, e gostavam de ter sua habilidade elogiada. Aulë, porém, mantinha-se fiel a Eru e submetia tudo o que fazia à sua vontade; e não invejava os feitos dos outros, mas procurava conselhos e os dava. Ao passo que Melkor dissipava seu espírito em inveja e ódio, até que afinal não fazia mais outra coisa a não ser ridicularizar o pensa-mento de terceiros, e destruiria todas as obras alheias se pudesse.

A esposa de Aulë é Yavanna, a Provedora de Frutos. Ela ama todas as coisas que crescem na terra, e guarda na mente todas as suas incontáveis formas, das árvores semelhantes a torres nas florestas primitivas ao musgo sobre as pedras ou aos seres pequenos e secretos que vivem no solo. Em reverência, Yavanna vem logo após Varda entre as Rainhas dos Valar. Na forma de mulher, ela é alta e se traja de verde; mas às vezes assume outras formas. Há quem a tenha visto em pé como uma árvore sob o firmamento, coroada pelo Sol; e, de todos os seus galhos, derramava-se um orvalho dourado sobre a terra estéril, que se tornava verdejante com o trigo; mas as raízes das árvores estavam nas águas de Ulmo, e os ventos de Manwë falavam nas suas folhas. Kementári, Rainha da Terra, é seu sobrenome na língua eldarin.


Os fëanturi, senhores dos espíritos, são irmãos; e são geralmente chamados de Mandos e Lórien. Contudo, esses são de fato os nomes dos locais onde moram, sendo verdadeiros nomes Námo e Irmo.
Námo, o mais velho, mora em Mandos, que fica a oeste, em Valinor. Ele é o guardião das Casas dos Mortos; e o que convoca os espíritos dos que foram assassinados.Nunca se esquece de nada; e conhece todas as coisas que estão por vir, à exceção daquelas que ainda se encontram no arbítrio de Ilúvatar. Ele é o Oráculo dos Valar; mas pronuncia seus presságios e suas sentenças apenas em obediência a Manwë. Vairë, a Tecelã, é sua esposa, e tece em suas telas, repletas de histórias, todas as coisas que um dia existiram no Tempo, e as moradas de Mandos, que sempre se ampliam com o passar das eras, estão re-vestidas dessas telas.

Irmo, o mais novo, é o senhor das visões e dos sonhos. Em Lórien estão seus jardins na terra dos Valar, repletos de espíritos, são os mais belos locais do mundo. Estë, a Suave, curadora de ferimentos e da fadiga, é sua esposa.Cinzentos são seus trajes, e o repouso é seu dom. Ela não se movimenta de dia, mas dorme numa ilha no lago sombreado de árvores de Lórellin. Nas fontes de Irmo e Estë, todos os que moram em Valinor revigoram suas forças;e com freqüência os Valar vêm eles próprios a Lórien para ali encontrar repouso e alívio dos encargos de Arda.

Mais poderosa do que Estë é Nienna, irmã dos fëanturi, que vive sozinha. Ela conhece a dor da perda e pranteia todos os ferimentos que Arda sofreu pelos estragos provocados por Melkor.Tão imensa era sua tristeza, à medida que a Música se desenvolvia, que seu canto se transformou em lamento bem antes do final; e o som do lamento mesclou-se aos temas do Mundo antes que ele começasse. Não chora, porém, por si mesma; e quem escutar o que ela diz, aprende a compaixão e a persistência na esperança. Sua morada fica a oeste do Oeste, nos limites do mundo; e ela raramente vem à cidade de Valimar, onde tudo é alegria. Prefere visitar a morada de Mandos, que fica mais perto da sua; e todos os que esperam em Mandos clamam por ela, pois ela traz força ao espírito e transforma a tristeza em sabedoria. As janelas de sua casa olham para fora das muralhas do mundo.

O maior na força e nos atas de bravura é Tulkas, cujo sobrenome é Astaldo, o Valente. Chegou a Arda por último, para auxiliar os Valar nas primeiras batalhas contra Melkor. Aprecia a luta corpo a corpo e as competições de força; não cavalga nenhum corcel, pois supera em velocidade todas as criaturas providas de patas, além de ser incansável. Seu cabelo e sua barba são dourados; e sua pele, corada. Suas armas são suas mãos. Presta pouca atenção ao passado ou ao futuro, e não tem serventia como conselheiro, mas é um amigo destemido. Sua esposa é Nessa, a irmã de Oromë, e também ela é ágil e veloz. Ama os cervos, e eles acompanham seus passos onde quer que ela vá aos bosques; mas ela corre mais do que eles, célere como uma flecha com o vento nos cabelos. Adora dançar, e dança em Valimar em gramados eternamente verdes.

Oromë é um senhor poderoso. Embora seja menos forte do que Tulkas, é mais temível em sua ira; ao passo que Tulkas sempre ri, tanto na luta por esporte quanto na guerra; e, mesmo diante de Melkor, ele riu em batalhas ocorridas antes do nascimento dos elfos. Oromë amava as terras da Terra-média e as deixou a contragosto, sendo o último achegar a Valinor. Muitas vezes, no passado, atravessava as montanhas de volta para o leste e retornava com suas hostes para os montes e as planícies. É caçador de monstros e feras cruéis e adora cavalos e cães de caça, ama todas as árvores, motivo pelo qual é chamado de Aldaron e, pelos sindar, Tauron, o Senhor das Florestas. Nahar é o nome de seu cavalo, branco à luz do sol e prateado à noite Valaróma é o nome da sua enorme trompa, cujo som se assemelha ao nascer do Sol escarlate, ou ao puro relâmpago que divide as nuvens. Mais alto que todas as trompas de suas hostes, ela era ouvida nos bosques que Yavanna fez surgir em Valinor; pois ali Oromë treinava sua gente e seus animais para perseguir as criaturas perversas de Melkor. A esposa de Oromë é Vána, a Sempre jovem, irmã mais nova de Yavanna. Todas as flores brotam à sua passagem e se abrem se ela as contemplar de relance. E todos os pássaros cantam à sua chegada.

São esses os nomes dos Valar e das Valier, e aqui se descreve por alto sua aparência, como os eldar os viram em Aman. Mas, por mais belas e nobres que fossem as formas dos Filhos de Ilúvatar, elas não passavam de um véu a encobrir sua beleza e seu poder. E, se pouco se diz aqui de tudo o que os eldar souberam outrora, isso não é nada em comparação com seu verdadeiro ser, que remonta a regiões e eras muito além do alcance de nossa mente. Entre eles, nove gozavam de maior poder e reverência; mas um foi excluído do grupo e oito permanecem, os Aratar, os Seres Superiores de Arda. Manwë e Varda, Ulmo, Yavanna e Aulë, Mandos, Nienna e Oromë. Embora Manwë seja seu Rei e tenha a lealdade de todos sob as ordens de Eru, em majestade eles são semelhantes, ultrapassando de longe todos os outros, sejam Valar, sejam Maiar, sejam de qualquer outra ordem que Ilúvatar tenha enviado para Eä...


sábado, 14 de agosto de 2010

Que me olhe nos olhos quando falo.
Que ouça as minhas tristezas
e neuroses com paciência.
E, ainda que não compreenda,
respeite os meus sentimentos.
Preciso de alguém, que venha brigar ao
meu lado sem precisar ser convocado;
alguém Amigo o suficiente para
dizer-me as verdades que não quero ouvir,
mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso.
Nesse mundo de céticos,
preciso de alguém que creia, nessa coisa misteriosa,
desacreditada, quase impossível :
- A Amizade.
Que teime em ser leal, simples e justo,
que não vá embora se algum dia eu
perder o meu ouro e não
for mais a sensação da festa.
Preciso de um Amigo que receba
com gratidão o meu auxílio,
a minha mão estendida,
mesmo que isto seja muito
pouco para suas necessidades.
Preciso de um Amigo que
também seja companheiro,
nas farras e pescarias,
nas guerras e alegrias,
e que no meio da tempestade,
grite em coro comigo :
" Nós ainda vamos rir
muito disso tudo " e ria muito.
Não pude escolher aqueles
que me trouxeram ao mundo,
mas posso escolher meu Amigo.
E nessa busca empenho
a minha própria alma,
pois com uma Amizade Verdadeira,
a vida se torna mais simples,
mais rica e mais bela . . .


By Sir Charlie Chaplin

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O AMOR [ Fernando Pessoa ]


O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Outros tempos...


Eu já vivi no tempo da verdade...
(Tempo em que a inocência andava de mãos dadas com a verdade e não o contrário; mas hoje a inocência não mais existe e a verdade mudou de endereço)
Eu vivi em um tempo de amor maior,
amor total,
sem igual...
Tempo em que ilusão e certeza incerta
eram a aorta do coração.
Nesse tempo também existia "nós dois",
que na verdade era só um,
num corpo só,
uma só carne...
Era o tempo em que alma gêmea existia...
e que nem a eternidade separaria
o que uma noite quis unir.
Éramos mais do que desejo e descoberta.
Éramos mais do que vontade inexplicável.
Você era minha maior aventura,
a minha ânsia inefável.
Naquele tempo,
na nossa difusa paisagem,
você era, pra mim,
mais substancial que uma miragem.
Éramos mais do que dois jovens...
mais do que dois corações,
mais do que dois belos sentimentos,
ambos isentos de razões.
Éramos mais do que sangue,
éramos mais do que nomes.
Éramos mais do que segredos,
éramos quase sinônimos.
Havia uma aura que unia e completava,
contemplava e se encaixava,
se fundia e misturava,
fazendo do "nós" aquele "um só"...
Éramos iguais.
Éramos orgulho e raiva que diluíam-se
com um soluço que dizia
que eu não viveria sem suas mãos
e nem você sem meus abraços,
na mais perfeita união...
Mas aquele tempo
que parecia ser tão bom
foi cruel com nós dois,
nos enganou dizendo que
a melhor hora era o "depois".
E como imaturas almas,
não reconhecemos nossa vez,
nos dispersamos na estrada
e o tempo fez o que fez:
tratou de nos apartar,
sem nos dar segunda chance,
e ficamos assim pra sempre:
eu, o algodão,
você, o arame.

P.S.: Não achei foto de algodão e arame juntos, o segundo estraga o primeiro...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Os opostos se atraem... Os dispostos se distraem...




Mais uma do Baú.

São todas as pretensões que tornam ridículas as pessoas?
Muito simples é fingir que nada se sabe,
é fazer-se menos de uma metade,
é nunca criar expectativa alguma,
para, às vezes, surpreender.
Mas é honesto esconder-se em subterfúgios?
Bonito é mostrar-se.
Seja como se é, seja como se quer ser.
Toda essa coragem pode revelar
que a aparente pretensão
não passava de uma previsão.


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Destilando o veneno

Vou mostrar que eu e a Cléo Pires temos uma coisa em comum...

Cléo, pelos papparazzi:

Cléo na Playboy:
Tá malhando, miga?

Nós duas amamos o Adobe Photoshop.