sexta-feira, 4 de março de 2011

Eurotrip II: a chegada em Madri!

No aeroporto de Madri, esperando o voo para Berlim.


Depois de chegarmos com umas 3 horas de antecedência no aeroporto de Salvador (exceto por Davi, que chegou pelo menos 4 horas antes), pegamos uma fila imensa para despachar a bagagem (tá, Davi não pegou uma fila tão grande assim), e depois outra fila enorme para fazer o check-in (mas dessa fila ele não se livrou), para finalmente conseguirmos embarcar.


A nossa primeira viagem internacional, a minha terceira viagem de avião. Nem preciso dizer que ainda ficava um pouco nervosa com essa história de decolagem e pouso, e enfrentar 10h de vôo não é tão fácil. Mas tudo correu bem e até consegui dormir (somente porque tive um colo para deitar e cafunês, porque as poltronas são tão desconfortáveis quanto as dos vôos domésticos).


A chegada foi emocionante. Observar aquele aeroporto imenso de cima, acreditem que só para estacionar o avião demorou uma eternidade. Desembarcamos no meio da pista, sabem? Quando eles colocam aquela escada... Nunca vou me esquecer da sensação do vento gelado tocando meu corpo.


Passada a excitação inicial, veio a preocupação: chegamos, e agora? Dos três, apenas Camila já tinha andado de metrô na vida, e só uma vez. Dos três, nenhum falava espanhol. Começamos a andar e a procurar pelo Centro de Informações para turistas (dica que pegamos no orkut), e o encontramos fechado. Daí só restava sair perguntando pras pessoas onde ficava a estação de metrô. Demorou um pouco para encontramos, andamos pra caramba, o aeroporto é realmente grande. Mas achamos o metrô, e também um ponto de informações onde encontramos o instrumento mais importante da viagem: o mapa das linhas de metrô. Pronto, não precisávamos de mais nada. Tendo o mapa do metrô, você chega a qualquer lugar na Europa, parece mágica. Tudo é bem sinalizado, eles anunciam quando chega em cada estação, tudo é muito fácil, muito tranquilo. Nós ficamos apaixonados pelo metrô, de verdade.


Com o mapa em mãos, e sabendo qual a estação próxima do albergue, nossos problemas tinham sido resolvidos. Quando descemos do metrô e subimos a escada da estação, ficamos mais uma vez surpresos com tudo. Ao sair da escada subterrânea, nós três ficamos olhando aqueles prédios, as árvores, tudo tão diferente e europeu! Hehehe. Foi incrível como ficamos bestas no momento: ESTAMOS NA EUROPA!!!


Um espanhol muito legal, ao nos ver de mochila e quebrando a cabeça olhando um mapa, nos ofereceu ajuda e nos ensinou o caminho. Nós nos perdemos na primeira tentativa, mas acabamos achando o albergue. Tudo era novidade pra gente. Tentar conversar em espanhol/inglês/português com os funcionários, chegar no quarto (que era muito massa, por sinal), tudo era novo. Nesse albergue ficamos só nós três no quarto. Uma cama de casal e outra de solteiro, mas não comentarei os detalhes sórdidos (hahaha).


A nossa primeira saída merece ser contada. Assim que chegamos, tomamos um banho, vestimos nossas roupinhas de frio (não tão apropriadas, vindas do Brasil), e fomos desbravar Madri, sem saber nada de nada! Saímos andando sem direção, e a primeira coisa que notamos foi que estava saindo fumaça da nossa boca. Esse momento foi hilário! Todo mundo tentando ver a fumaça! E o melhor, eu não tava conseguindo fazer sair, porque tava soprando, e não é assim! Hahaha. Foi muito engraçado. A gente ficava besta com tudo. E para nossa grande surpresa, andando totalmente sem direção, chegamos a Gran Via, a maior avenida de Madri, que a gente nem sabia da existência. Muito linda... imensa e cheia de decoração de natal. Tinham árvores em cada esquina. Era domingo a noite, um monte de gente andando para todos os lados. A cena retratava fielmente a maior avenida de uma grande metrópole. Vale ressaltar que de todas as pessoas que vagavam nas ruas, TODOS os espanhóis estavam em filas de lotéricas! Sério, a mega sena de lá devia estar super acumulada, as filas eram realmente imensas... Outro fato memorável dessa noite foi Davi dando 2 euros para um artista de rua! AHAHAHA. Lembrem do que eu disse, cada euro em um mochilão é sagrado, e certamente Davi se arrependeu desse esbanjamento! Hehe.


Turistas bobos que somos, não podíamos deixar de comprar chocolate quente na Starbucks e sair tomando, andando pela avenida. Essa pequena coisa nos deu um prazer tão grande, é muito bom poder se maravilhar assim. Viajar é a melhor coisa do mundo.


Estou me alongando muito! Vou tentar encurtar mais a história. Depois de vagar pela rua, voltamos umas 22h pro albergue e só saímos no outro dia. Nosso vôo para Berlim era às 17h, nosso objetivo era comprar roupas de frio pela manhã, e depois ir para o aeroporto. Colocamos então o despertador pra umas 7h. Quando ele tocou, levantamos e olhamos na janela: escuridão total! Resolvemos dormir mais um pouco e saímos de casa 9h. Tava amanhecendo, quase ninguém na rua, quando vimos as primeiras lojas, que eram bem próximas, estavam todas fechadas e com aviso de que só abririam 11h. Quem ficaria 2 horas naquele frio esperando abrir? Voltamos pro calor do albergue... hehe. No horário certo, saímos de novo, tomamos nosso café da manhã, ocasião em que conhecemos ‘Jamón’, e fomos de loja em loja atrás de casacos. Fizemos as nossas compras, eu dei uma sumidinha rápida que deixou Davi e Camila pirados, depois finalmente fomos para o aeroporto.


Chegando lá, algo um tanto quanto esperado aconteceu: nosso vôo para Berlim foi cancelado (vocês devem se lembrar que por lá tava tudo coberto de neve, tudo parado). Mas também aconteceu algo inesperado: a empresa aérea nos mandou para um hotel 4 estrelas, com todas as despesas pagas, para esperar o nosso vôo que sairia no dia seguinte! O hotel era muito lindo! E ficamos em quartos separados... hehe. Uma das cenas memoráveis foi quando Camila chegou em nosso quarto dizendo que quase me ligou (havia telefone nos quartos) para me chamar para tirar uma foto dela dentro da banheira! Hahaha. É verdade! Ficamos o dia todo no hotel, passamos a tarde fazendo palavras cruzados e vendo programas musicais da Espanha (foi assim que Camila virou fã de Kesha). Não vou parar para falar sobre as refeições que eles serviram, foi simplesmente o melhor café-da-manhã de todos! Mas prefiro não me lembrar de uma certa laranja vermelha, se virem alguma algum dia, não comam! É horrível!


Para acabar logo com esse post imenso, resta dizer que passamos a noite nesse hotel muito massa, jantamos, tomamos café e almoçamos (Davi, bobinho, nem quis almoçar, mas Camila e eu não perdemos nada! haha). No outro dia fomos para o aeroporto e finalmente pegamos o nosso esperado vôo para Berlim, mas agora já é assunto para o próximo post!


Próximo post: A neve em Berlim!


3 comentários:

Ângela Batista disse...

Du, foi muito legal ler seu post. Principalmente sobre a parte que Camila ia pedir você pra tirar foto dela na banheira...kkkkkk
Eu adoro saber dos detalhes da viagem!
Keep posting!

Unknown disse...

Não concordo com metade do que escreveu. Engraçado que nada acontece com você, né? Camila e eu somos os patos da história... Quem, absurdamente, pagou 3 EUROS por um fone de ouvido no avião e perdeu?!?! E faltou você falar de como Camila atendeu o telefone no hotel! ahahahah

Luma Magalhães disse...

Rindo em alta de Camila e a banheira!!! Quero saber como ela atendeu o telefone!! Sou a favor de Camila e Davi escreverem tb!