quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pro dia nascer feliz.

Gosto daqueles dias em que a gente acorda e passa o dia rindo das coisas da vida. Hoje está sendo assim. Tudo parece motivo para uma boa risada, ou no mínimo para um sorrisinho de canto de boca. Abrir os olhos pela manhã é engraçado, ver o céu nublado também. Mas o que mais me diverte nesses dias é observar as pessoas. Ah, como isso é bom!

Hoje vim pro estágio olhando atentamente para todo mundo. Os moradores do meu prédio, os habitantes da minha rua, o catador de latinhas, o moço que vende frutas, os passantes sem rosto que me acompanharam na calçada, os passageiros do ônibus. Enfim, até na velhinha levando o poodle pra passear eu reparei.

Sabe o que vi quando reuni todas essas imagens? Um formigueiro. Gente, como a gente se parece com um formigueiro, fiquei impressionada. Todo mundo andando em alguma direção com alguma atividade pra ser realizada. Sem parar. Um fluxo de gente atarefada, preocupada com o tempo, com as contas, com os filhos. Uma enorme onda de preocupação.

Ri quando pensei que eu estava caminhando em cima de uma bola que flutua no universo, solta no meio do nada. A vida às vezes parece uma grande piada ou uma grande tragédia. Simplesmente não quero me preocupar e me esforço para que isso não ocorra. Não quero dizer que estou certa e que todos que se preocupam errados, claro que não. Trata-se apenas de uma escolha, e cada um deve fazer a sua e arcar com as consequências. Eu escolhi sorrir.

Sei que também sou uma das inúmeras formigas sem rosto desse enorme formigueiro, andando de lá pra cá, cumprindo com as obrigações. Entretanto, hoje sou uma formiga que anda distraída, que sempre sai da fila, que começa a rir das bobagens a ponto de se perder pelo caminho.

Hoje escolhi ser a formiga feliz.

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