quarta-feira, 4 de agosto de 2010

TELA DE PRIMAVERA




Em tarde de primavera
Quando tudo ainda era
Uma abstração sem fim
Tu surgiste na janela
Como figura mais bela
Trazendo cores pra mim
Com as cores que trouxeste
Pintei umas velhas vestes
E vivi meu carnaval
Utilizei alguns pinceis
Colori os tons pastéis
Pra ficar especial
Planejei todo o festim
Eu queria cor e vida
Muita comida e bedida
Alegria, alegria, enfim...
E no fundo do quintal
Onde vivi o meu sarau
Me embriaguei até cair
As cores se dissiparam
Minhas vistas tremularam
Ao te ver dali sair
Pra guardar a minha festa
Resolvi pintar uma tela
Algo um pouco surreal
Para o negro dos teus olhos
Usei uma tinta óleo
E ficou quase igual
O mesmo rosa da tua blusa
Eu usei para a moldura
Que era de cor marfim
Pintei umas azaléias
Já bem perto da janela
E ficou bizarro sim!
Mas toda vez que olho pra tela
Lembro a coisa mais bela
Que um dia foste pra mim.


P.S.: Esse poeminha eu escrevi dia 09-09-09, não por ser uma data cabalística, mas por ser uma data comicamente significativa, rs.

2 comentários:

Luma Magalhães disse...

Tô ligada... rs

Renata Oliveira disse...

Não estou ligada...rs Mas adorei o texto! Achei lindo... :)