quinta-feira, 22 de abril de 2010

The Fab Four.




Quatro garotos de Liverpool, munidos de guitarra, baixo, bateria e microfones, conseguiram ganhar o mundo. Muitas vezes me pergunto o que há de tão excepcional nessa banda, o que justifica a ‘beatlemania’, o que explica o sucesso que perdura há quase 50 anos. E não, eu não sei qual é a resposta, e se soubesse ela certamente se tornaria uma fórmula para o sucesso. Uma fórmula que, entretanto, nunca poderia se repetida, pois os seus elementos fundamentais não são facilmente encontrados, alguns, tão raros, nem existem mais. A simpatia de Ringo, o carisma de Paul, a simplicidade de George, a genialidade de John e o talento de todos.


Como para mim (que nasci tarde demais para vê-lo tocar) é impossível explicar como os Beatles ganharam o mundo, eu poderia tentar dizer como eles ganharam a mim (sim, eles me ganharam há muito tempo). Apesar de 20 anos ser uma idade pouco propícia para o alzheimer, eu já apresento algumas raras manifestações, então terei que recorrer a algumas suposições. Não sei quando foi a primeira vez que ouvi Bealtes, mas me lembro que desde criança sou impressionada com um “aaaah aaaaaaah aaaaaaaah aaaaaaah” (é um trecho da música Twist and Shout, mas eu não detinha essa informação na época). Suponho que foi no clássico da Sessão da Tarde ‘Curtindo a vida adoidado’ que a ouvi pela primeira vez (by the way, Save Ferris! rs). E pronto, bastou isso para eu ter a certeza de que tudo vindo daquela banda deveria ser bom.


Foi um longo período até me tornar realmente conhecedora da banda, até ouvir todos os cds e escolher os meus preferidos. O que não significa que me esqueci, acho que toda beatlemania ficou latente em mim. Infelizmente eu não tive pais/tios/avós que colocassem o vinil do Abbey Road como música pra eu dormir, mas deles recebi influências musicais muito boas também (Raul, Luiz Gonzaga, Zé Ramalho), nem posso reclamar.


Um dos momentos mais emocionantes dos Beatles em minha vida foi quando vi o Anthology pela primeira vez (pra quem não sabe, esse é um excelente documentário em que a história da banda é contada, do início ao fim, pelos próprios integrantes, e, além deles, por pessoas imprescindíveis ao seu sucesso, como George Martin e Brian Epstein). De “In my life” até “Free as a bird”, Anthology é pura emoção (e olha que sete dvds separam as duas músicas). É longo, mas vale super a pena ver (Luma gostou tanto qua ainda não devolveu meus dvds...haha).


Enfim, eu poderia passar horas escrevendo sobre eles, mas acho impossível explicar exatamente como eles me ganharam. Basta dizer que, quando os ouço, me emociono. Eles conseguem provocar todos os sentimentos possíveis. Eles tem músicas para todos os momentos imagináveis. Eles realmente são, sem nenhum favor, fabulosos.



“For well you know that it's a fool,
who plays it cool,
by making his world a little colder.”


2 comentários:

Luma Magalhães disse...

Tenha fé, um dia eu devolvo!

Camila Marques disse...

O texto ficou realmente muio bom.